terça-feira, 11 de novembro de 2008

Conselhos para que?

A poucos dias me deparei com uma infeliz pergunta da minha mulher: “que roupa eu coloco?”. Foi nessa hora que a primeira coisa que procurei foi uma faca pra enfiar no meu pulso, mas não havia nenhuma por perto, procurei também uma corda pra envolver meu pescoço, mas também não achei. Foi então que me restou fazer a pior coisa possível: responder a temível pergunta.
Desde os primórdios, independente da classe social, raça, ou tamanho dos seios, toda mulher sofre com indecisões: Indecisa sobre que roupa por, sobre que batom usar, sobre que cara sair, qual sutiã por, e assim por diante. Todo ser vivo sofre com momentos de indecisão, o cachorro as vezes não sabe se segue seu rabo, ou o carteiro... O beija-flor não sabe se vai escolher a rosa, ou o jasmim... O goleiro na hora do pênalti não sabe se vai escolher se atirar para a direita ou para esquerda... O homem não sabe se vai ser advogado, ou administrador, e assim sucessivamente; porém, a mulher, esse ser de complexidade extrema, faz de suas indecisões tragédias, tão trágicas quanto uma batalha de gladiadores, tornando até mesmo suas dúvidas, motivos para ir no analista.
Você homem, caro leitor, já deve ter se deparado com o momento em que uma mulher lhe pergunta sua opinião, seja sobre o que comer, vestir, usar ou afins, bom vou lhe esclarecer uma coisa, depois de muitos anos de experiência com o sexo oposto, e de inúmeros casos parecidos como aquele que descrevi no início desta singela crônica, quando uma mulher pergunta sua opinião, ela não quer uma opinião formada e esclarecedora para dar uma luz a indecisão dela e a ajudar na escolha, ela simplesmente quer uma opinião qualquer para que possa questionar e lhe mostrar que sua decisão é tão importante quanto a morte de um carrapato nos emirados árabes.
Em suma, chegamos a uma simples pergunta sobre o quadro que envolve nós homens: “dar conselhos pra que?”. É fácil a resposta: Pelo único fato de que somos homens, e assim como respirar, comer, e beber um goró no final de semana, precisamos das mulheres para sobreviver, e ao invés de tentar suprir a necessidade que temos do sexo oposto por outra coisa, é muito mais simples, toda vez que formos atacados com uma pergunta dessas, antes que tenhamos uma crise psicótica, é só visualizar um campo florido, respirar bem fundo, por um sorriso no seu semblante, e responder a 1ª coisa que vier a sua cabeça, a final, seja o que você responder, será questionado e provavelmente negado.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008