O céu azul não me inspira
Parece fraco, sem sal, banal.
A claridade me ofusca as ideias,
Sinto-me uma carcaça boçal.
Cadê o frio da noite,
A boemia acolhedora,
A paixão vil noturna
embalada pelo som da Lua
Sei que é de mal,
Que dirão que sou pouco normal,
Mas o amanhecer me entristece;
Ele mata minha noite
e minha inspiração assim desaparece.
Onde está tu, bela noite?
Para aonde, longe, levaste minha Ana Lua?
Procuro pela pálida luz refletida na rua
Não quero, de novo, este bobo
Não preciso do tom do amanhecer,
O sol só reina para os tolos
e eu só espero pelo anoitecer.
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