Poupa-te desse sofrimento
Lamento em vão de uma carne com
Pouca vida.
Achas que tua vida ainda
vale de algo?
Você realmente tem a pretensão
De achar que muitos irão
ao teu tedioso enterro chorrar.
Se pensas em suicídio,
Ande logo,
Não perca tempo,
acelere o processo inevitável.
Tua vida foi só mais uma,
Ninguém se torna imortal.
Tornou-te só um saco
Inerte na multidão
Que anda feito uma boiada
Em direção ao açougue.
Pare de achar que outros te
Julgarão por desistir da vida
Faça a sua escolha, faça o seu bem.
Ninguém pensou em algo novo,
Você não é original
Você não é único
Você é igual a mais um
Monte de bosta escorrendo
Pelo esgoto.
Mata-te, se isso lhe convém,
Mata-te, se nada mais importar,
Mata-te se acabou este sórdido poema.
2 comentários:
nada é mais poético do que a ilusão de controle sobre a própria vida...
Gostei :)
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